SP Águas celebra um ano de criação com a inauguração da nova sala de situação

A Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) comemorou nesta quinta-feira (11) seu primeiro ano de atuação com a inauguração da nova sala de situação, completamente reformada, com a inclusão de novos equipamentos instalados no local, assim como em diferentes regiões do estado, para o monitoramento hidrológico.

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O espaço, localizado na sede da agência em São Paulo, reúne informações estratégicas sobre chuvas, cotas e vazões de rios, balanço hídrico e níveis dos principais reservatórios. Os dados são coletados por meio de radares e postos de controle distribuídos em diferentes regiões do estado, cruzados e analisados diariamente para apoiar decisões e ações de prevenção frente a estiagens e enchentes.

Desde sua criação, em 2024, a SP Águas investiu cerca de R$ 20 milhões no aprimoramento do monitoramento dos recursos hídricos do estado. Esse trabalho é centralizado na Sala de Situação, onde os dados coletados por radares e postos de controle distribuídos por todo o território paulista são cruzados e analisados diariamente.

As informações geradas são compartilhadas por meio de sistemas de consulta e boletins diários com diversos órgãos parceiros, como a Defesa Civil, a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o IAC (Instituto Agronômico de Campinas) e o Saisp (Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo), entre outros.

A cerimônia contou com a presença da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende, e da diretora-presidente da SP Águas, Camila Viana, além de autoridades, técnicos, docentes e parceiros institucionais. “O trabalho que a SP Águas conduz, com prevenção, regulação e fortalecimento do sistema hídrico, garante que não fiquemos apenas na resposta a crises, mas que atuemos na preparação e na segurança hídrica para as próximas décadas. Cada dado produzido, cada protocolo implementado e cada decisão regulatória fortalecem nossas instituições e asseguram que o legado transcenda governos e, mais que isso, se consolide como política de Estado. Esse é o compromisso do Governo de SP e que serve de referência para o Brasil”, destacou Natália Resende.

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Segundo Camila Viana, a modernização amplia a capacidade de resposta e a integração da agência com diferentes órgãos de monitoramento. “Com um ano de atuação, a SP Águas se consolida como um marco na regulação hídrica do Estado de São Paulo. A nova Sala de Situação traz mais inteligência, integração e eficiência para o monitoramento das águas paulistas”, destacou.

Resultados alcançados

Ao longo do seu primeiro ano de existência, a SP Águas estruturou uma gestão participativa e transparente, com a instalação do conselho diretor, a realização de análises de impacto regulatório e a abertura de consultas públicas e tomadas de subsídio, que reuniram mais de 200 contribuições da sociedade.

Nesse período, a agência consolidou a agenda regulatória 2025-2026 e intensificou os diálogos setoriais, ao mesmo tempo em que emitiu 18.949 outorgas e promoveu 8.628 fiscalizações, reforçando sua atuação como órgão regulador.

No campo da gestão de recursos hídricos, a agência modernizou o sistema de cobrança pelo uso da água, com a implantação do boleto online, e lançou o Protocolo de Escassez, que orienta a atuação de municípios em períodos de estiagem. Investiu também na modernização do monitoramento, com mais de R$ 20 milhões aplicados na nova Sala de Situação e na rede hidrológica básica do Estado, além da automatização dos boletins hidrológicos e da integração do radar próprio ao Sistema Nacional de Monitoramento de Chuvas (SiBH), no programa “Chuva Agora”.

A SP Águas também ampliou o apoio técnico e administrativo aos 18 Comitês de Bacia Hidrográfica e levou o programa Rios Vivos a 70 municípios, com obras e estudos de recuperação, além do plantio e manutenção de 74.950 mudas. Entre os programas estruturantes, destaca-se o Integra Tietê, que já removeu 1,2 milhão de m³ de sedimentos de rios e piscinões – o equivalente a 85,7 mil caminhões basculantes – incluindo a manutenção e limpeza de 27 piscinões da Região Metropolitana de São Paulo, com a retirada de 122 mil m³ de resíduos.

No eixo de infraestrutura, a agência acompanhou mais de 20 obras em execução no Piscinão Jaboticabal, lançou o edital para implantação do Parque Salesópolis e coordenou a destinação de R$ 260 milhões para o plano de gestão e manutenção do esgotamento sanitário em Mogi das Cruzes. Além disso, avançou na construção das barragens de Pedreira e Amparo, que somam investimentos de R$ 806 milhões, obras estratégicas para garantir a segurança hídrica de toda a Região Metropolitana de Campinas e do interior paulista.

Um ano da SP Águas

Criada pela Lei Complementar nº 1.413/2024 e regulamentada pelo Decreto nº 69.339/2025, a SP Águas tem como missão regular e fiscalizar os usos múltiplos dos recursos hídricos, promovendo a gestão integrada e sustentável das águas do Estado de São Paulo. Entre suas principais atribuições estão a gestão das outorgas para captação e uso da água — autorizações que envolvem rios, represas e aquíferos para abastecimento público, comércio, agricultura, mineração, geração de energia e indústria. A agência também é responsável por fiscalizar o uso desses recursos e garantir a segurança hídrica, promovendo a gestão adequada da água disponível em cada região paulista.

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