Projeto Escolas nos Parques lança roteiros pedagógicos em 12 unidades urbanas do Estado de SP
A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) lançaram nesta quarta-feira (4) os roteiros pedagógicos do projeto Escolas nos Parques, que contempla 12 parques urbanos estaduais com propostas educativas voltadas para turmas dos anos iniciais e finais do ensino fundamental e médio. A cerimônia aconteceu no Parque Ecológico do Tietê (PET) – Núcleo Engenheiro Goulart, na zona leste da capital, integrando as comemorações da Semana do Meio Ambiente.
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Durante o evento, alunos da Escola Estadual Irmã Annete, localizada nas proximidades do parque, participaram de diversas atividades ao lado da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, incluindo o plantio simbólico de 30 mudas nativas. Em seguida, os estudantes fizeram uma trilha de observação da fauna e flora a bordo de um trenzinho, além de visitarem os espaços educativos do PET. Eles também receberam kits de lanche, enquanto os professores ganharam o caderno ambiental “O hábito faz o lixo”, elaborado pela Diretoria de Educação Ambiental da Semil.
“Estamos transformando os parques em espaços ativos de educação e cidadania. É fundamental que nossas crianças e jovens tenham contato direto com a natureza e compreendam, na prática, a importância da conservação ambiental. Com esse projeto, tornamos o conteúdo escolar mais vivo e significativo”, afirma a secretária Natália Resende.
“Essa parceria entre a Secretaria de Educação e a Semil, especialmente no lançamento do roteiro pedagógico do projeto Escolas nos Parques, é de suma importância. Trata-se de uma iniciativa que busca proporcionar vivências ambientais, fortalecendo a aprendizagem por meio do contato direto com a natureza. As crianças que convivem com a natureza compreendem melhor a importância da conservação do meio ambiente e passam a se sentir parte dele, além de se beneficiarem em termos de saúde e bem-estar”, destaca Juliana Velho, chefe de gabinete da Seduc.
Antes do lançamento oficial, no dia 28 de maio, os monitores dos parques urbanos receberam capacitação promovida pela Diretoria de Educação Ambiental e pela Diretoria de Parques Urbanos da Semil. A formação incluiu a apresentação detalhada dos roteiros pedagógicos e orientações para a aplicação das atividades com as turmas escolares.
“Essa integração entre educação e meio ambiente é uma estratégia essencial para formar cidadãos mais conscientes. Os roteiros pedagógicos fortalecem o currículo escolar e aproveitam toda a riqueza dos nossos parques urbanos como instrumentos de aprendizagem”, avalia o subsecretário de Meio Ambiente da Semil, Jônatas Trindade.
Cada parque contará com três roteiros distintos, adaptados aos diferentes ciclos de ensino e alinhados às diretrizes do Currículo Paulista. Para os anos iniciais do ensino fundamental, as atividades estimulam o contato com a natureza, abordando temas como consumo consciente, biodiversidade e sustentabilidade. Nos anos finais, o foco está no desenvolvimento do pensamento crítico sobre as paisagens e as transformações ambientais. Já para o ensino médio, os roteiros incentivam o protagonismo juvenil na busca por soluções socioambientais, reforçando a percepção dos jovens como agentes ativos na construção de um futuro sustentável.
“O projeto amplia o acesso da rede estadual de ensino aos nossos parques urbanos e reforça o papel desses espaços como instrumentos vivos de educação ambiental. Queremos estimular o contato direto com a biodiversidade e promover experiências significativas que contribuam para a formação de uma cultura ambiental mais sólida entre os jovens”, destaca Lara Carolina Chacon Costa, diretora de Educação Ambiental da Semil.
Educação ambiental
O Parque Ecológico do Tietê, palco do lançamento, é um dos equipamentos mais completos da capital para lazer e conservação da biodiversidade. Com vegetação remanescente da Mata Atlântica e infraestrutura voltada para educação e pesquisa — como o Museu do Rio Tietê e o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETRAS-SP) — o parque oferece diversas possibilidades para o desenvolvimento de atividades pedagógicas, culturais e sustentáveis.
Os 12 parques participantes do projeto são: Parque Estadual do Belém/Manoel Pitta; Parque Estadual Chácara da Baronesa; Parque Ecológico do Tietê (PET)/Engenheiro Goulart; Parque Gabriel Chucre; Parque Ecológico do Guarapiranga; Parque Maria Cristina Hellmeister de Abreu; Parque Itaim Biacica; Parque Antônio Arnaldo de Queiroz e Silva/Vila Jacuí; Parque Jequitibá; Parque Estadual da Juventude/Dom Paulo Evaristo Arns; Pomar Urbano e Parque Ecológico da Várzea do Embu-Guaçu.
Os roteiros pedagógicos fazem parte do Programa de Alfabetização Ambiental (Resolução Conjunta SIMA-SEDUC-01/2019) e foram desenvolvidos para apoiar o trabalho de professores e monitores, promovendo a integração entre escola, natureza e cidadania ambiental.
“Todos os roteiros valorizam o patrimônio ambiental e cultural da cidade de São Paulo, promovendo uma conexão mais profunda entre os estudantes e o território onde vivem. A proposta é transformar a vivência nos parques em uma experiência educativa transformadora, capaz de fortalecer os vínculos entre escola, meio ambiente e cidadania”, conclui Lara Costa.
Balanço
No total, cerca de 80 mil alunos da rede pública e privada participaram, em 2024, de visitas gerais aos Parques Estaduais, proporcionando uma importante experiência de aprendizado fora da sala de aula. Esse contato direto com a natureza tem sido fundamental para promover a conscientização ambiental e fortalecer valores sustentáveis entre os estudantes. Em 2023, o número de participantes foi de 73.657. Para 2025, até abril, já foram contabilizados 25.562 alunos contemplados, demonstrando a continuidade e expansão dessa iniciativa educativa.
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