A Polícia Federal (PF) pediu a prisão preventiva do vice-prefeito de Itaúna, Hidelbrando Canabrava Rodrigues Neto, no âmbito da Operação Rejeito, que investiga um esquema bilionário de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais.
No documento ao qual a TV Integração teve acesso, Hidelbrando é citado como interlocutor técnico e societário. Segundo a PF, ele aparece como sócio formal de uma das empresas envolvidas no suposto esquema e também como gestor de outras companhias contratadas pelo núcleo suspeito de comandar as operações.
O relatório da PF afirma que o vice-prefeito teria “notório papel como facilitador jurídico e técnico nas parcerias com empresas e trânsito com órgãos públicos estaduais, além de sua atuação na prestação de contas e estruturação financeira das transações”.
Ainda segundo os investigadores, a experiência anterior de Hidelbrando Neto em cargos ligados ao meio ambiente no Estado — como ex-secretário jurídico da Secretaria de Meio Ambiente de Minas —, somada ao atual cargo de vice-prefeito, reforçaria a posição dele como figura de confiança do grupo.
Além da prisão preventiva, a Polícia Federal também pediu o bloqueio de bens do político: um lote em Itaúna, três casas em Prudente de Morais e a apreensão de uma caminhonete.
A TV Integração tentou contato com Hidelbrando, por telefone e mensagem, além de sua assessoria pessoal, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação da defesa do vice-prefeito.
O que diz a Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Itaúna informou que os fatos relacionados a Hidelbrando “não guardam qualquer relação com o exercício de suas funções públicas municipais, seja como vice-prefeito, seja como titular da referida pasta”.
O município comunicou ainda que ele foi exonerado das funções à frente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente até que tudo seja esclarecido.
Operação Rejeito
A Operação Rejeito foi deflagrada pela PF na última quarta-feira (17) contra um esquema bilionário de corrupção no setor de mineração em Minas Gerais. Entre os presos está o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Seabra. Ao todo, a Justiça Federal determinou 22 prisões e bloqueio de R$ 1,5 bilhão em bens.
Segundo as investigações, o grupo corrompia servidores públicos para liberar autorizações ambientais irregulares, explorava minério de ferro em áreas de preservação e lavava dinheiro por meio de dezenas de empresas de fachada.
Os investigados respondem pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais e contra a ordem econômica.
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