Parasita cerebral silencioso pode alterar comportamento humano e já infectou bilhões, apontam cientistas


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Foto: Divulgação/Neuro Cientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela

O protozoário Toxoplasma gondii, tradicionalmente conhecido por seus riscos durante a gestação, voltou ao centro dos debates científicos após novas evidências indicarem que ele pode ter impacto direto no comportamento humano.

A infecção, que afeta aproximadamente metade da população mundial, ocorre muitas vezes de forma silenciosa.

No entanto, pesquisadores apontam que ela pode estar associada a alterações cognitivas e emocionais duradouras.

Entre os especialistas que acompanham o fenômeno está o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências, licenciado em Biologia e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido. Segundo ele, a atuação do parasita sobre estruturas cerebrais específicas, como a amígdala e o córtex pré-frontal medial, pode interferir diretamente nos padrões de medo, risco e tomada de decisão.

“O Toxoplasma gondii forma cistos em áreas-chave do cérebro e pode modular a produção de neurotransmissores como a dopamina, afetando a regulação emocional e a impulsividade” afirma Dr. Abreu. “Essa interferência ocorre de maneira sutil, mas sustentada, e levanta questões importantes sobre a influência biológica na personalidade e no comportamento humano”.

Estudos com roedores já demonstraram que o parasita reduz a aversão natural ao odor de predadores como os gatos, facilitando sua ingestão e completando o ciclo do protozoário.

Esse mecanismo é considerado uma estratégia evolutiva sofisticada, capaz de modificar o instinto de sobrevivência do hospedeiro.

Em humanos, embora a infecção geralmente não provoque sintomas agudos, algumas pesquisas indicam correlações com quadros de ansiedade, maior propensão a acidentes e até transtornos psiquiátricos.

Dr. Abreu ressalta que, apesar das correlações estatísticas, ainda é cedo para afirmar uma relação de causa direta entre a infecção e alterações comportamentais graves.

“Há uma diferença entre correlação e causalidade. O que sabemos até agora é que existe uma relação significativa entre a presença do parasita e alterações em regiões cerebrais associadas à emoção e ao julgamento. Mas precisamos de mais estudos longitudinais e ensaios clínicos que confirmem esse vínculo em humanos” explica o neurocientista.

A infecção por T. gondii ocorre principalmente por meio da ingestão de alimentos mal cozidos ou contaminados, bem como pelo contato com fezes de gatos infectados.

Gestantes e pessoas imunossuprimidas estão entre os grupos de maior risco.

Mesmo assim, a maioria das pessoas infectadas desenvolve imunidade e não apresenta sintomas.

“É essencial adotar medidas preventivas, como a higienização adequada de alimentos, a cocção correta de carnes e o cuidado no manuseio de resíduos de gatos, especialmente em populações vulneráveis” reforça Dr. Abreu.

A discussão sobre os efeitos do Toxoplasma gondii ultrapassa os limites da medicina, abrindo espaço para reflexões filosóficas sobre a autonomia da mente humana.

Se agentes biológicos podem influenciar o comportamento de maneira quase imperceptível, a compreensão sobre o livre-arbítrio e a identidade subjetiva ganha contornos ainda mais complexos.

“Estamos diante de uma interface delicada entre neurociência, comportamento e evolução. Entender como parasitas como o Toxoplasma gondii afetam a cognição é também compreender como o ambiente e a biologia moldam aquilo que chamamos de ‘eu’” conclui Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

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Mito derrubado: inteligência não vem da mãe, afirma especialista em neurociência e genômica

Durante décadas, circulou a ideia de que a inteligência seria herdada principalmente da mãe.

Apesar de popularizada em livros de autoajuda e redes sociais, essa afirmação é cientificamente equivocada.

A herança da inteligência é um processo muito mais complexo e não pode ser atribuída exclusivamente à linhagem materna.

De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências, especialista em genômica e membro da Royal Society of Biology do Reino Unido, esse mito surgiu de uma interpretação incorreta sobre os genes do cromossomo X.

“De fato, existem genes relacionados à cognição no cromossomo X. E como a mulher possui dois desses cromossomos, houve uma conclusão precipitada de que ela teria maior influência na herança intelectual dos filhos. Isso é uma redução simplista de um processo poligênico e multifatorial” explica.

Segundo o neurocientista, a inteligência resulta da ação combinada de centenas de genes distribuídos por vários cromossomos, herdados igualmente do pai e da mãe, além de sofrer influência direta da epigenética e do ambiente.

“A cognição é determinada por variantes genéticas de pequeno efeito espalhadas pelo genoma, que interagem entre si e com fatores epigenéticos como metilação e silenciamento gênico. A contribuição é mútua entre os genitores. Nenhum deles detém exclusividade nesse processo” afirma.

Do ponto de vista neurobiológico, o desenvolvimento das funções cognitivas envolve estruturas como o córtex pré-frontal, o hipocampo e a rede de modo padrão, cuja formação e funcionamento são altamente sensíveis a estímulos ambientais, nutrição e experiências precoces. “Mesmo gêmeos com genoma idêntico podem apresentar diferenças de QI ao longo da vida, o que mostra a importância do ambiente sobre a expressão genética” observa.

Dr. Abreu ressalta que estudos de genômica populacional, como os consórcios GWAS, reforçam que a inteligência possui herdabilidade moderada a alta, variando entre 60% e 80% dependendo da faixa etária.

“Mas herdabilidade não significa determinismo. E quando falamos de herdabilidade, estamos tratando de uma média estatística populacional, não de um traço fixo ou predefinido em indivíduos” complementa.

Ele destaca que a simplificação “a inteligência vem da mãe” não apenas é falsa, como prejudica o entendimento da verdadeira complexidade do cérebro humano.

“Essa narrativa reduz um fenômeno neurogenético sofisticado a uma afirmação rasa. Como cientistas, temos a responsabilidade de combater esse tipo de desinformação com base em evidências robustas” conclui.

Assim, fica claro: a inteligência não tem um único progenitor como fonte. Ela é o produto de múltiplas variáveis biológicas e ambientais, e sua construção ultrapassa qualquer determinismo unilateral.

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Pão tostado e carne queimada podem conter substâncias cancerígenas, alertam cientistas

Alimentos muito aquecidos, como o pão tostado além do ponto ou carnes grelhadas até escurecerem, podem parecer inofensivos à primeira vista. No entanto, estudos recentes reforçam que essas práticas culinárias favorecem a formação de compostos potencialmente cancerígenos,  um risco que passa despercebido na rotina alimentar da maioria das pessoas.

O alerta vem do Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências, especialista em genômica e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido. Segundo ele, o processo que escurece pães e queima carnes não apenas altera o sabor e a textura, mas também ativa reações químicas que produzem moléculas perigosas para o organismo humano.

“No caso do pão, quando ele é exposto a altas temperaturas, ocorre a reação de Maillard. Essa reação é responsável pela coloração dourada e o aroma característico de alimentos assados.

Porém, ela também pode gerar a acrilamida, uma substância classificada como provavelmente cancerígena pela IARC” explica o cientista.

A acrilamida surge principalmente em alimentos ricos em amido, como pães e batatas, quando atingem temperaturas acima de 120 graus Celsius. O risco aumenta quanto mais escura for a superfície do alimento.

“Pães do tipo francês, com casca dourada clara, não apresentam riscos relevantes. O problema ocorre quando se torra o pão até ficar marrom escuro ou preto” completa.

No caso das carnes, os perigos são ainda mais expressivos. Ao grelhar ou fritar carne em contato direto com altas temperaturas, especialmente em grelhas ou churrasqueiras, há formação de aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, duas classes de compostos reconhecidamente mutagênicos.

“Essas substâncias são geradas principalmente nas partes enegrecidas da carne, ou seja, quanto mais queimada, maior o risco” afirma Dr. Abreu.

A boa notícia é que existem estratégias simples para reduzir esses efeitos sem abrir mão do sabor. Entre elas está o uso de suco de limão ou marinadas com propriedades antioxidantes.

“O ácido cítrico presente no limão, assim como os polifenóis de ervas e especiarias, ajudam a neutralizar os radicais livres e inibir a formação das moléculas tóxicas durante o preparo dos alimentos” destaca o especialista.

Além disso, a cor da superfície dos alimentos pode servir como um indicativo prático para o consumidor. No pão, a coloração ideal é dourado claro.

No caso da carne, o recomendado é evitar qualquer parte carbonizada ou preta.

“O limite seguro está no ponto em que o alimento atinge sabor e textura agradáveis sem apresentar escurecimento excessivo. Cor não é apenas estética: é biomarcador de risco” conclui.

Com hábitos simples, como controlar a temperatura de cocção e usar marinadas cítricas, é possível preservar o valor nutricional dos alimentos e evitar a ingestão de compostos indesejáveis.

A mudança pode parecer sutil, mas tem impacto direto na prevenção de danos celulares associados ao câncer.

A ciência mais uma vez reforça que saúde e sabor não precisam estar em lados opostos do prato. Basta saber cozinhar com consciência.

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