Mais de 8 milhões de brasileiros escolheram São Paulo para viver, mostra estudo do Seade
Estudo da Fundação Seade mostra que, dos 44,4 milhões de moradores do estado de São Paulo, 8,6 milhões nasceram em outros estados brasileiros. O levantamento utiliza dados do Censo Demográfico do IBGE de 2022 e indica também que as mulheres predominaram em todos os grupos de naturalidade, exceto entre os estrangeiros.
Dos 44,4 milhões de habitantes, 79,7% são naturais do estado, 11,3% do Nordeste, 4,4% do Sudeste exceto SP e 3,7% dos demais estados. Os nascidos em outros países contabilizaram 0,8% da população.
Entre os migrantes, destacam-se baianos e mineiros, que juntos respondem por mais de 40% desse contingente. Logo depois aparecem Paraná, Pernambuco e Ceará (30%), seguidos por Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e Maranhão (19%). Os demais estados brasileiros agregam 11% desse contingente. Essa diversidade reforça a identidade multicultural paulista.
“São Paulo se construiu como ponto de chegada de diferentes povos e continua sendo um destino estratégico de migração no país. Esse movimento marcou e ainda marca profundamente a cultura, a economia e a vida social do Estado”, afirma Paulo Borlina Maia, pesquisador da Fundação Seade.
Em relação à faixa etária dos migrantes, o estudo revela que a idade média dos moradores nascidos em outros estados é de 49 anos, contrastando com a média de 35 anos da população nascida em São Paulo. Já entre estrangeiros residentes, a idade média é de 48 anos. Essa diferença deve-se, em parte, à maior concentração de não naturais em faixas etárias economicamente ativas. Vale lembrar que muitos filhos de migrantes nascem no estado, o que contribui para o rejuvenescimento da população paulista.

Os dados também mostram a circulação migratória no movimento inverso: 2,9 milhões de paulistas vivem hoje em outros estados brasileiros. Paraná e Minas Gerais concentram 39% desse contingente, enquanto Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro é destino para 28% e Pernambuco, Mato Grosso, Goiás e Ceará para 16%. Os 17% restantes distribuem-se pelos demais estados brasileiros.

Sobre o Seade
Há mais de 40 anos, o Sistema Estadual de Análise de Dados é referência nacional na produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas do Estado de São Paulo.
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