Feminicídio em Castilho: A cidade ganhou um alerta simbólico e impactante neste mês de agosto. A Praça da Matriz foi transformada em um “cemitério simbólico”, com 15 cruzes fixadas no gramado, cada uma representando uma vítima da violência que poderia ter sido salva com a denúncia.
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As frases estampadas nas cruzes, como “Você não é nada sem mim!” ou “Você quer me ver preso, é isso!?”, são ecos de um ciclo cruel de agressões verbais, psicológicas e físicas. O ato, promovido pelo CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), integra a campanha do Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência contra a mulher.
Denunciar salva vidas: por que o cemitério simbólico é tão importante?
Para Tassiane Beatriz de Souza Silva, coordenadora do CREAS, cada cruz ali fincada é um alerta direto para a sociedade castilhense. “A violência psicológica é muitas vezes o início de uma escalada. O feminicídio começa com palavras”, explica.
A iniciativa não apenas choca, mas também educa. Segundo ela, mesmo sendo uma ação simples, o impacto visual e emocional é profundo. “Queremos que as pessoas passem por aqui e reflitam sobre o que toleram, sobre o que silenciam. Precisamos falar sobre o que dói”, completou.
Agosto Lilás em Castilho: ações em escolas e grupos de apoio
Durante todo o mês de agosto, o CREAS vai promover ações educativas em escolas públicas. As atividades incluem apresentações teatrais e palestras voltadas para estudantes do Ensino Fundamental e Médio. O objetivo é mostrar, desde cedo, os diferentes tipos de violência e ensinar como denunciar ou ajudar alguém em situação de risco.
As ações ainda contam com o apoio de dois grupos de apoio contínuo: “Acolher para Renascer” e o grupo “ELAS”, que recebem vítimas de violência assistidas pelo setor.
Rede de apoio em Castilho: onde buscar ajuda
Castilho tem se estruturado para oferecer suporte às vítimas. Além do CREAS, o município conta com a Delegacia, o Conselho de Segurança, o CRAS e outros órgãos que compõem a rede de proteção.
“O nosso papel é não apenas acolher, mas orientar e fortalecer essas mulheres. A denúncia é o primeiro passo. Estamos aqui para ajudar e proteger”, reforça Tassiane.
O papel da sociedade: como cada um pode contribuir
A conscientização também começa em casa. Identificar frases e atitudes abusivas pode evitar tragédias futuras. Algumas frases, como as estampadas nas cruzes, são comuns em relacionamentos abusivos:
- “Você não vai conseguir sem mim.”
- “Se me deixar, eu me mato.”
- “Você me provoca, por isso apanha.”
- “Se contar pra alguém, vai ser pior.”
Reconhecer esses sinais é essencial. E quando a vítima não consegue pedir ajuda sozinha, cabe à família, amigos, professores e vizinhos observarem e denunciarem.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
1. O que é o Agosto Lilás?
É uma campanha nacional de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, realizada ao longo do mês de agosto.
2. Onde buscar ajuda em Castilho?
As vítimas podem procurar o CREAS, a Delegacia, o CRAS e o Conselho de Segurança, que formam uma rede de apoio às mulheres.
3. Como identificar um relacionamento abusivo?
Sinais incluem controle excessivo, humilhações, isolamento, agressões verbais e físicas. Muitas vezes, o abuso começa de forma sutil.
4. Quem pode participar das ações do Agosto Lilás em Castilho?
Toda a população, especialmente os alunos da rede pública, que receberão atividades educativas em suas escolas.
5. Como funcionam os grupos ELAS e Acolher para Renascer?
São espaços de acolhimento psicológico e social organizados pelo CREAS para vítimas de violência doméstica.
6. Quais os tipos de violência abordados nas campanhas?
Violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial.
7. Existe punição para quem comete feminicídio?
Sim. O feminicídio é considerado crime hediondo e possui penas mais severas.
8. Como posso ajudar uma amiga que sofre violência e tem medo de denunciar?
Apoie emocionalmente, ofereça informação sobre onde buscar ajuda e, se necessário, faça a denúncia por ela.
9. O que fazer em caso de urgência?
Ligue para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 190 (Polícia Militar).
10. Como encontrar qualquer coisa em Castilho SP?
Para encontrar qualquer coisa em Castilho acesse o Guia de Castilho
Jornalista Responsável – Registro MTE nº 1134/MS
Editor do portal CastilhoSP.com.br
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