Em entrevista ao programa nesta quinta-feira (3), titular da pasta da Agricultura e Pecuária detalhou pontos referentes à taxa de juros, à regionalização dos recursos e prioridades do Plano Safra 2025/2026
Carlos Fávaro ressaltou a distribuição mais equilibrada dos recursos do Plano Safra, fazendo com que cheguem também aos agricultores do Norte e Nordeste do país – Foto: Diego Campos/Secom-PR
Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro” desta quinta-feira, 3 de julho, o titular do Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, detalhou o Plano Safra 2025/2026, lançado na terça-feira (1º/7) pelo Governo Federal.
Com recursos da ordem de R$ 516,2 bilhões voltados à agricultura empresarial, o novo ciclo de crédito rural representa um recorde pelo terceiro ano consecutivo de investimentos, com um acréscimo de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior.
Fávaro ressaltou que o Plano Safra tem como prioridade a sociedade e que os recursos visam reduzir o preço dos alimentos. “A prioridade número um é o povo brasileiro.
Quando a gente lança um Plano Safra desta magnitude, que aumenta o potencial para o Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), que são os médios produtores, aqueles que produzem o alimento que fica no Brasil, que gera oportunidade de chegar alimento mais barato, mais eficiente na mesa da população, quem vai ser beneficiado é a população brasileira.
Porque os alimentos tendem a cair de preço”, afirmou.
O Plano Safra se junta ao Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, lançado na segunda-feira (30/6) e que assegura recursos de R$ 89 bilhões voltados especialmente para pequenos agricultores, ampliando o acesso ao crédito, incentivando a transição agroecológica e garantindo inclusão produtiva a quem mais precisa.
POPULAÇÃO BENEFICIADA – Fávaro lembrou o recorde da safra brasileira deste ano e como o Plano Safra foi determinante para tamanho sucesso.
“Nós vivemos em 2025, fruto do Plano Safra do ano passado, um recorde da safra brasileira. E, com isso, nós vimos o preço do arroz cair, o preço do feijão cair, o preço da batata, do tomate, da cebola, da carne de frango, da carne de porco. É a população que sai beneficiada. Esse excedente foi tão grande que nós fizemos o recorde das exportações. É fazer a força para o Brasil crescer. Esse é o slogan do Plano Safra. Mas, principalmente, ter alimento barato e de qualidade na mesa da população”.

TAXA DE JUROS – O Plano Safra assegura que o Brasil mantenha sua posição de destaque na produção de alimentos e siga como uma nação de referência e estratégica para o planeta, mesmo em um cenário de taxa de juros elevada, como o atual. Esse ponto, dos juros, foi um dos assuntos mais abordados durante o programa.
“O Plano Safra é recorde. Não são só os R$ 8 bilhões, saindo de R$ 508 bilhões para R$ 516 bilhões. Ele é um Plano Safra que equalizou mais diante das dificuldades de uma Selic de 15%. Nós vamos performar muito bem. É fato que a taxa de juros no Brasil está desproporcional ao crescimento, ao desejo da população, e eu concordo com isso. Mas nós temos que entender que houve um esforço gigante do governo para que nós pudéssemos colocar recursos mais baratos para a agropecuária brasileira, estimular e fazer uma supersafra”, ressaltou Fávaro.
O ministro reconheceu que houve um leve aumento nas taxas de juros do novo Plano Safra, mas explicou os motivos e ressaltou que as taxas cobradas seguem muito abaixo das praticadas pelo mercado.
“O juro subiu, é verdade. Infelizmente, precisamos subir um pouquinho o juro. A Selic, quando nós fizemos o Plano Safra do ano passado, em junho do ano passado, estava na ordem de 10,5%. Esse ano, são 15%, 4,5 pontos percentuais a mais. O juro subiu no Plano Safra de 1,5% a 2%. Um terço do que subiu a Selic foi o que subiu no Plano Safra. Então, foi um esforço muito importante”, frisou o ministro.
RECORDE – O ministro deixou claro, com uma comparação simples, a evolução do Plano Safra a partir de 2023.
“Nós fizemos o maior Plano Safra da história do país. Em 2022, o último plano safra do governo passado foi da ordem de R$ 364 bilhões. O primeiro do governo do presidente Lula, nesse terceiro mandato, foi de R$ 471,2 bilhões. O segundo, em 2024, de R$ 508,6 bilhões. E agora, R$ 516,2 bilhões, 42% a mais do que o último Plano Safra do governo passado. E num momento muito difícil para fazer um Plano Safra dessa magnitude”.
Outro ponto destacado por Carlos Fávaro foi a ampliação dos recursos equalizáveis dentro do Plano Safra.
“Os recursos equalizáveis são o que interessa, de fato, para a população, para o produtor. É onde o governo aporta recursos do orçamento para equalizar o juro e fazer o Plano Safra mais eficiente. No Plano Safra passado, eram da ordem de R$ 92 bilhões. Este ano, são R$ 113 bilhões, 22% a mais do que no ano passado. E é aí o grande recorde, onde entrou o dinheiro do Tesouro”.
AVANÇO NO PRONAMP — Fávaro ressaltou a importância da ampliação, neste Plano Safra, do limite de renda para enquadramento no Pronamp, o que permite que mais produtores tenham acesso às condições diferenciadas oferecidas pelo programa.
“Nós aumentamos o limite de enquadramento dos produtores ao Pronamp de R$ 3 milhões a receita bruta da propriedade para R$ 3,5 milhões. Com isso mais gente vem para dentro do Pronamp e acessa o juro mais barato do Plano Safra, que é de 10% ao ano, o que quer dizer 50% mais barato que a Selic e mais ou menos a metade do que está o juro do mercado, que é 18%, 19%, 20% ao ano. O Plano Safra, apesar do juro não estar tão barato, e eu concordo, vai estimular. Se Deus quiser, com as bênçãos divinas, que é isso que é importante, chover e ter clima bom, nós vamos ter a maior safra da história deste país também em 2026”.
REGIONALIZAÇÃO DOS RECURSOS – O ministro destacou ainda que outro ponto fundamental do Plano Safra nesta gestão é fazer com que os recursos cheguem aos agricultores do Norte e Nordeste do país. “Nos últimos três Planos Safra, é uma estratégia do governo que o recurso da agricultura familiar, que era basicamente concentrada no Sul do país, subisse para o Norte e Nordeste. O crescimento foi da ordem de 94%”, lembrou.
“Nós criamos um mecanismo de distribuição de recursos pelos entes operadores do Plano Safra, pelos bancos, que a gente vai calibrando mês a mês. Eles têm que prestar conta da demanda de quanto recurso teve e a gente pode então remanejar para que não deixe faltar recurso em nenhuma região do país. E é importante o papel, inclusive da imprensa, das entidades representativas de classe. A gente imediatamente faz o remanejamento para atender, na medida possível, todos os produtores brasileiros”.
QUEM PARTICIPOU – O “Bom Dia, Ministro” é uma coprodução da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Participaram do programa desta quinta-feira a Rádio Nacional de Brasília, o Portal Folha de Londrina, a Rádio Bandnews FM de Vitória da Conquista (BA), a Rádio Centroamérica de Cuiabá (MT), o Portal Folha do Bico do Tocantins, a Tua Rádio Alvorada de Marau (RS) e a Rádio Cultura de Lavras (MG).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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