Uma das principais frentes de oposição ao governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Lohanna França (PV), que tem gabinete em Itaúna, solicitou um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de fraudes em processos de licenciamento ambiental para mineração, reveladas pela Operação Rejeito – conforme mostrou o @viuitauna em primeira mão, nesta quarta-feira (17). Segundo as investigações, o grupo teria movimentado R$ 1,5 bilhão ilegalmente, explorando minério de ferro em áreas protegidas e pagando propina a servidores públicos de órgãos ambientais. A operação prendeu um ex-deputado e empresários ligados a um conglomerado de mais de 40 empresas suspeitas de corrupção, tráfico de influência, fraude documental e lavagem de dinheiro.
Em Itaúna, os desdobramentos da operação respingam contra o vice-prefeito e secretário Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, Hidelbrando Neto (PL), citado como “articulador” com ligações empresariais na mineração ilegal, conforme publicou o portal Gerais. Questionado pelo @viuitauna, Hidelbrando, contudo, ainda não se manifestou sobre o caso. Os comentários no meio político são de que haverão desdobramentos ao longo desta quinta-feira (18).
Para Lohanna, a gravidade do caso exige transparência e atuação firme do Legislativo mineiro. “Aquilo que a gente falou lá na Reforma Administrativa em 2023 estava correto. Nós falamos sobre como as mudanças subordinam o poder de fiscalização do Estado ao poder político. O que vimos, uma operação da Polícia Federal, atuando nessa organização que estava entranhada dentro do Estado”.
A parlamentar ressalta que na operação “o juiz deixou claro que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) estava funcionando como uma operadora do interesse econômico para destruir o meio ambiente, fraudando e vendendo licenças ambientais”.
Escândalo no Governo
O pedido de CPI na ALMG busca aprofundar as investigações no âmbito estadual, identificar falhas no sistema de licenciamento e propor medidas que impeçam a repetição de práticas criminosas semelhantes. “Estamos diante de um escândalo que envolve destruição ambiental, corrupção e o uso da máquina pública para enriquecer poucos às custas do povo mineiro. O Parlamento não pode se omitir. Precisamos de uma CPI para dar respostas à sociedade, garantir a responsabilização dos culpados e fortalecer os órgãos de fiscalização ambiental”, diz Lohanna.
A deputada lembrou ainda que, em meio a esse escândalo, servidores da área ambiental estão em greve em Minas Gerais. Na avaliação da parlamentar, a paralisação é resultado da falta de diálogo do Governo de Minas, “que enfraquece os órgãos de fiscalização e abre espaço para irregularidades ainda mais graves”.
Fonte: Viu Itaúna https://viuitauna.com.br/2025/09/18/lohanna-quer-cpi-para-investigar-corrupcao-da-mineracao-no-governo/
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