Artigo escrito pelo Renato Saravy Diacopulos, professor de geografia no Marista Alexander Fleming
Desde seu nascimento em 1872 (Arraial de Santo Antônio), no encontro dos córregos Prosa e Segredo, Campo Grande carrega sua vocação para unir caminhos.
José Antônio Pereira, ao estabelecer seu arraial neste cruzamento de águas, talvez não imaginasse que estava fundando o que se tornaria o maior hub de conexões do Centro-Oeste.
A posição geográfica privilegiada , no exato divisor das bacias do Paraná e Paraguai, predestinava esta terra a ser muito mais que um ponto no mapa: seria uma encruzilhada de destinos, oportunidades e possibilidades para quem aqui chegasse.
O século XX consolidou essa promessa geográfica.
Com a chegada da Ferrovia Noroeste do Brasil, em 1914, a pequena vila transformou-se e cresceu.
Os trilhos não traziam apenas mercadorias: traziam progresso em vagões e colônias do mundo inteiro, como Okinawa, Japão, sírios, libaneses, turcos e armênios, cada grupo acrescentando novas cores ao mosaico cultural da cidade.
A Estação Ferroviária, hoje um patrimônio histórico, foi o desembarque de um novo mundo, em que Campo Grande se projetava para o moderno, transformando o antigo arraial num importante entroncamento comercial.
Nos anos 1970, outro marco: a divisão do antigo estado de Mato Grosso; agora surge Mato Grosso do Sul, efetivamente em 1979, quando Campo Grande foi elevada à condição de capital, coroando sua ascensão como pólo político e administrativo.
As rodovias que convergem para a cidade, BR-163, BR-262, BR-060, transformaram-na no principal nó viário da região.
E agora, no século XXI, a cidade assume papel estratégico continental como eixo central da Rota Bioceânica, o corredor que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, posicionando Campo Grande no mapa logístico global.
Neste cenário dinâmico, o Colégio Alexander Fleming emerge no ano de 1981. Guiado pelos diretores Dulce Botelho Ferreira, “Tia Dolly”, e Sr. Vítor Hugo Bordignon, ao longo desses 44 anos, formaram gerações de grandes profissionais e cidadãos do mundo.
Assim como a cidade transformou entroncamentos em oportunidades, a escola transforma potencial humano em realização. Sua evolução — do Colégio Alexander Fleming à incorporação pela Rede Marista — espelha o próprio desenvolvimento da capital: mantendo suas raízes, mas sempre se renovando para enfrentar novos desafios.
Como gerações de famílias que se repetem no colégio, pois querem manter a qualidade de ensino, o compromisso com o futuro e as tradições maristas.
Os números atuais impressionam: com mais de 900 mil habitantes, a cidade cresce em ritmo acelerado, mas sem perder seu planejamento característico.
O setor de serviços responde por 80% da economia local, com destaque para saúde, educação e tecnologia — um perfil urbano e moderno.
Com o título de “Cidade mais arborizada do mundo” pela 6ª vez consecutiva — prêmio concedido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Fundação Arbor Day —, destaca-se pelas áreas verdes que exemplificam a qualidade de vida.
Segundo o Instituto de Progresso Social (IPS), dentre as capitais brasileiras, Campo Grande aparece em 2º lugar como a cidade de melhor qualidade de vida.
O aniversário de Campo Grande (MS) é celebrado em 26 de agosto, marcando a data de fundação da cidade.
Às vésperas de completar 126 anos desde sua emancipação, em 1899, Campo Grande, “nossa terra morena”, consolida-se como síntese do melhor do Brasil Central: acolhedora como uma cidade do interior, mas dinâmica como metrópole; enraizada em suas tradições, mas com os olhos voltados para o futuro. Uma capital que nasceu para conectar — pessoas, culturas, economias — e que segue escrevendo sua história no cruzamento de todos os caminhos.
Sobre Renato Saravy Diacopulos
Geógrafo e licenciado pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), com mestrado em Desenvolvimento Local (UCDB) e especialização em Mobilidade Urbana e Trânsito.
Complementou sua formação em Engenharia Urbana na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atua como docente na Rede Marista e na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande desde 2015, com ampla experiência em educação básica.
Foi colaborador no Programa Internacional Erasmus Mundus STeDe e assessor técnico em programas de mobilidade acadêmica.
Palestrante internacional sobre cultura, território e diversidade, integra o Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Territorial Sustentável da UCDB, focando em mobilidade urbana, desenvolvimento regional e políticas públicas.
Saiba mais: O Colégio Marista Alexander Fleming faz parte da rede de colégios e escolas do Marista Brasil, que está presente em 20 estados brasileiros, atendendo cerca de 100 mil crianças, jovens e adultos em 96 unidades de ensino.
Os estudantes recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica alinhada aos desafios contemporâneos.
Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação.
Saiba mais em: maristabrasil.org/
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