IPT coordena projeto contra câncer cerebral dos mais agressivos

Foto: arquivo

Pesquisa inovadora integra nanotecnologia e terapia gênica para tratamento do gliobastoma, com participação de diversas instituições

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está na coordenação de uma pesquisa inovadora voltada ao tratamento de um dos tumores cerebrais mais agressivos, o gliobastoma.

A nova abordagem terapêutica desenvolvida pelo IPT integra nanotecnologia e terapia gênica com o objetivo de restaurar a eficácia da temozolomida — principal quimioterápico utilizado no tratamento da doença, em conjunto com cirurgia e radioterapia.

O glioblastoma frequentemente desenvolve tolerância à temozolomida, o que limita a eficácia do tratamento e favorece a progressão do tumor.

O projeto em desenvolvimento propõe o silenciamento de um gene responsável por essa tolerância, por meio da entrega direcionada de uma molécula terapêutica usando nanocarreadores.

A tecnologia permite que o material atinja diretamente as células tumorais, minimizando o mecanismo de resistência e potencializando os efeitos do medicamento já usado na prática clínica.

Embora em fase inicial, essa abordagem representa um avanço no enfrentamento da doença.

Intitulado ‘Plataforma de Medicina de Precisão para Terapias Avançadas em Glioblastoma’, o projeto tem como foco apresentar à sociedade o potencial da pesquisa aplicada em saúde.

A iniciativa não contempla, no momento, protocolos clínicos ou aplicação direta em pacientes.
A pesquisa é financiada pelo CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e pela FINEP, e conta com a colaboração de instituições como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP; Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Hospital Israelita Albert Einstein; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Unifesp – Universidade Federal de São Paulo; Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Sociedade Brasileira De Neurocirurgia; C2PO USP; Centro de Bionegócios da Amazônia – CBA e Fundação de Apoio ao IPT (FIPT), além de empresas privadas como Abluo Nanotecnologia e Omikka.