Moradores comemoram pavimentação do Centro Velho de Água Clara viabilizada pela prefeita Gerolina

Apesar de ter sido a região que marcou o início da história de Água Clara (MS), com a chegada da ferrovia, o Bairro Noroeste — conhecido como Centro Velho — foi, por muitos anos, negligenciado por sucessivas gestões municipais. Mesmo diante de inúmeras promessas, os moradores sempre enfrentaram a realidade do abandono.

Agora, esse cenário começa a mudar com a atual administração da prefeita Gerolina Alves. Um dos principais anúncios feitos recentemente pela gestora é a pavimentação completa das ruas do bairro, uma conquista viabilizada com apoio do governador Eduardo Riedel.

O anúncio foi feito durante audiência com Riedel na semana passada, da qual participaram a prefeita, o vice-prefeito Tião Ottoni e vereadores aliados da base de governo. A notícia, aguardada há décadas, gerou euforia entre os moradores, que já esperam ansiosos pela chegada das máquinas.

“Isso é coisa de Deus”, celebrou Claudinei José Gato, de 53 anos, morador da região ferroviária há 37. “Sem tirar os méritos de ninguém, não teve prefeito como a Gerolina em Água Clara. Ela prometeu o asfalto, em uma reunião na minha casa. É uma obra muito esperada e sofrida, mas agora esse sonho será realizado. Quem acreditava que ia ter asfalto daqui da chácara do Marcão até o Mangaba?”, disse, referindo-se ao bairro Portal da Mangaba.

Outro morador, Edson Pereira dos Santos, de 35 anos, destacou a importância da obra para uma região carente. “Precisamos mesmo de alguém que trabalhe pela gente”, afirmou. Ele relembrou uma festa junina que organizou recentemente e que foi prejudicada pelo excesso de areia nas ruas. “Com o asfalto, vai dar pra cercar e fazer igual na avenida. Deu muita gente, mas a poeira e a areia atrapalharam até na hora de dançar.”

Da descrença à esperança

Ainda cética após anos de promessas não cumpridas, a artesã e costureira Elenir Rodrigues dos Santos comentou: “Se sair mesmo, será a melhor coisa que poderia acontecer pra nós aqui do bairro.” Moradora há cerca de 30 anos, ela conta que já havia perdido as esperanças. Um dos maiores transtornos enfrentados por ela é a entrada de água em sua casa nos dias de chuva, problema que a obrigou a mudar o portão de lugar.

Jaqueline Castro também comemora. “Vai ser muito bom pra todos nós aqui embaixo. Vai diminuir a poeira”, afirmou. Ela mora no bairro há anos e, desde que se mudou, ouve que a rua seria asfaltada — promessa que nunca se concretizou. “Nos dias secos, é a poeira que atrapalha. Quando chove, é lama pra todo lado.”

Respeito e atenção com os moradores

A pedagoga Leonir Back de Almeida, que vive há 27 anos no bairro Noroeste, relembra os tempos em que a região era movimentada por conta da ferrovia. “Eu acompanhei a decadência do bairro com o fim dos trens de passageiros, a terceirização da ferrovia e o abandono por parte dos governantes”, conta.

Segundo Leonir, por diversas vezes, pedidos de melhorias foram ignorados sob a justificativa de que a área era responsabilidade da União. “A manutenção era feita pelos próprios moradores. Isso mudou com a Gerolina. Ela tem demonstrado respeito e atenção com nosso bairro, e posso afirmar isso com propriedade”, ressaltou.

Ela também destaca o processo de regularização fundiária iniciado pela prefeita. “As casas foram financiadas com recursos do Banco do Brasil, e os moradores só tinham contrato de compra e venda. Agora, com o trabalho da prefeitura, estamos tendo a chance de regularizar as escrituras.”

Outro ponto enfatizado por Leonir foi a revitalização da quadra esportiva do Noroeste. “Antes, era um lugar perigoso, com presença de drogas. Hoje, virou um espaço de lazer onde podemos ir com a família.”

A pedagoga conclui emocionada:

“Achávamos que esse bairro jamais seria asfaltado, porque sempre diziam que não podia mexer. Para nós, isso não tem preço. É um dos melhores presentes que poderíamos ganhar. Vai melhorar nossa qualidade de vida, valorizar os imóveis e mudar a cara de abandono. Não há palavras para expressar a felicidade.”