Em meio à escalada do conflito entre Irã, Israel e o envolvimento dos Estados Unidos, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, senador Nelsinho Trad (PSD/MS), concedeu entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira (23), e fez um apelo enfático pela paz como fez o Papa Leão XIV: “Que a diplomacia faça silenciar as armas!”
Com a autoridade de quem atua diretamente na mediação internacional em nome do Brasil, o parlamentar sul-mato-grossense alertou sobre os riscos humanitários e os impactos globais da guerra.
“Esses líderes que iniciaram todo esse processo têm que dar uma demonstração de desprendimento na busca de cessar fogo e da paz. Isso tem consequências diretas e indiretas, graves, não só no ramo da economia, mas em diferentes pontos da humanidade”, afirmou.
O senador Nelsinho Trad reforçou o apelo do Papa Leão XIV — que também clamou por ações concretas entre os líderes para evitar um agravamento do conflito:
“Eu clamo isso, vou na mesma linha do Papa Leão XIV, que clama para que esses líderes possam fazer um gesto um ao outro, que isso possa ser normalizado para o bem de todos nós.”
Brasileiros aguardam resgate
Durante a entrevista à Jovem Pan News, o senador Nelsinho Trad também comentou sobre os brasileiros ainda retidos em áreas de risco.
Segundo ele, há turistas e grupos religiosos aguardando condições de segurança para retornar ao país.
“Temos a notícia de um grupo de 56 jovens evangélicos que foram fazer estudos bíblicos, alguns turistas que entraram em contato conosco, e também brasileiros em Teerã, capital envolvida diretamente nesse conflito”, explicou.
O senador informou que a Força Aérea Brasileira já está com aeronave reservada para o resgate, mas o voo depende da reabertura do espaço aéreo.
“A expectativa é aguardar esse espaço aéreo ser liberado novamente para que a gente possa enviar um avião da FAB, que já se disponibilizou, a fim de resgatar esses brasileiros.”
Alerta e esperança
Para o senador Nelsinho Trad, o momento exige cautela, união internacional e valorização do diálogo. “Existem ainda os turistas que estão, conforme os protocolos de segurança, em locais protegidos para evitar uma consequência e um dissabor maior do que já está ocorrendo por lá”, destacou.

Neiba Yukime Ota Marinho
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