Expocitros chega à 50ª edição com destaque para o apoio do Governo de SP à citricultura
A Expocitros, a maior feira da América Latina no setor citrícola, celebra 50 anos de história e evolução. Realizada em paralelo à 46ª Semana da Citricultura, a edição deste ano espera superar os recordes de participação estabelecidos em 2024. O evento, que ocorre em Cordeirópolis de 3 a 6 de junho, espera receber mais de 10.000 participantes.
Na abertura do evento, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento anunciou a publicação de um edital de chamamento público para a contratação de técnicos, visando fortalecer a sanidade, fiscalização e sustentabilidade da citricultura paulista. Um investimento de quase R$ 4 milhões complementará os esforços já realizados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) no combate ao greening e na promoção da sustentabilidade da cadeia de citros.
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Além dos mais de 70 expositores, a programação inclui diversos painéis, palestras e eventos paralelos. Especialistas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC-Apta) e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) apresentarão as últimas novidades, orientações de manejo e resultados de pesquisas na citricultura. Adicionalmente, um escritório móvel da CDA estará disponível para atendimento direto aos produtores no local.
Força da citricultura paulista
O evento é sediado no Centro de Citricultura do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Com mais de 90 anos de tradição, o centro contribui significativamente para a cadeia produtiva de citros, fomentando novas tecnologias, conhecimento e troca de experiências em diversos segmentos. “Somos os principais distribuidores de variedades no Brasil. Cerca de 95% das mudas plantadas no país passaram pelo Centro de Citricultura e possuem o selo de garantia do IAC”, destaca a pesquisadora do Instituto, Marinês Bastianel.
Essas inovações consolidam São Paulo como um dos maiores produtores e exportadores mundiais de citros. No setor de laranja, o estado responde por aproximadamente 80% da produção nacional e 90% do suco processado no país. Dos mais de 200 mil empregos diretos e indiretos gerados no país na safra 2023/2024, mais de 57 mil estavam em São Paulo, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
O suco de laranja é um dos principais produtos do agronegócio paulista. Em 2024, esse setor foi responsável por 98,1% dos R$ 17,78 bilhões em exportações. Espera-se que esses números sejam superados na safra 2025/2026, conforme prevê Dirceu de Mattos Júnior, pesquisador e diretor do Centro de Citricultura Sylvio Moreira.
De acordo com estimativas do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a colheita pode alcançar 314,60 milhões de caixas de 40,8 quilos no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudeste de Minas Gerais. Isso representa um aumento de 36,2% em relação à safra anterior, que foi afetada por condições climáticas adversas e doenças como o greening.
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